16 de nov. de 2009

Mercedes anuncia: sai da McLaren e compra Brawn

Em coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta segunda-feira, em Frankfurt, na Alemanha, a Mercedes anunciou a compra da Brawn GP e a sua saída da McLaren.
Conforme foi especulado pela imprensa internacional, a fábrica confirmou a mudança de nome da escuderia para Mercedes GP Team, o que marca o retorno definitivo das "Flechas de Prata", que correram as temporadas de 1954 e 1955.

A notícia foi anunciada pelo presidente da Daimler, empresa que controla a marca Mercedes-Benz, Dieter Zetsche. A montadora comprou 75,1% das ações de Ross Brawn, e fornecerá motores para a McLaren até a temporada de 2015, quando deixará de vez os ingleses _o Grupo McLaren terá até esta data para comprar de volta as ações.

"A Mercedes vai competir na F-1 a partir do próximo ano com sua própria equipe de fábrica. Isso será possível com a aquisição de 75,1% da Brawn GP _45,1% deles pela Daimler", disse Zetsche.

"O resto continuará com seus atuais acionistas: Ross Brawn, Nick Fry e outros membros. Os interesses da Daimler são uma equipe verdadeira da Mercedes. Brawn permanecerá como chefe de equipe", completou o dirigente.

Curiosamente, a escuderia de Ross Brawn era Honda até o ano passado e venceu os dois campeonatos em questão na atual temporada, após quase ficar de fora, com motores fornecidos pela Mercedes. Assim como a mudança do nome, os pilotos da equipe também devem ser trocados.

Atual campeão, Jenson Button deve seguir para a McLaren, para correr ao lado de Lewis Hamilton, enquanto a nova Mercedes pode ter uma dupla toda alemã: Nico Rosberg, que deixou a Williams após quatro temporadas, e Nick Heidfeld, desempregado com a retirada da BMW.

Brawn se despede colocando nome na história

Por ter corrido uma única temporada na F-1, a Brawn se tornou um caso raro de equipe que teve 100% de aproveitamento na categoria.

No único ano em que disputou o campeonato, o time de Ross Brawn venceu o título de pilotos [com Jenson Button] e equipes, feito repetido apenas pela Mercedes, que comprou o time, no ano de 1954.

Isso sem contar que, em sua primeira corrida, no GP da Austrália, em Melbourne o time fez pole e dobradinha, com Button à frente de Rubens Barrichello _isso depois de quase ficar sem competir, com a saída da antiga proprietária, a Honda.

Casamento com McLaren é encerrado após 14 anos

Após entrar timidamente com a Sauber em 1993 e 1994, a Mercedes-Benz passou a se envolver de vez com a F-1 em 1995, quando firmou parceria com a McLaren, que tinha Mika Hakkinen e Nigel Mansell como pilotos.

As primeiras temporadas foram de aprendizado e poucos resultados expressivos, com a primeira vitória surgindo em 1997, quando David Coulthard venceu a etapa de abertura da temporada, na Austrália, com seu carro todo pintado de prata.

O sucesso veio mesmo nos anos seguintes, com a McLaren conquistando a temporada 1998 de forma arrasadora, com Hakkinen vencendo entre os pilotos e o time inglês, entre as equipes. Em 1999, o finlandês venceu novamente, mas a Ferrari levou o campeonato de times por quatro pontos.

Em 2000 e 2001, Hakkinen e David Coulthard terminaram em segundo lugar no campeonato, respectivamente, com o time entrando em declínio. Depois de um 2002 apagado, Kimi Raikkonen foi vice no ano seguinte, mas a McLaren só voltaria a brigar pelo título em 2007, com Fernando Alonso e Lewis Hamilton.

A redenção veio em 2008, quando Hamilton venceu o título em uma final épica contra Felipe Massa, da Ferrari. Neste ano, um projeto mal-sucedido fez a McLaren cair pelas tabelas no início do ano, enquanto a Brawn, com um carro bem desenhado, passou a vencer tudo. Este foi o primeiro passo para a troca de equipes.

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